Link do you tube com explicações sobre o Romantismo.
Romantismo é todo um período cultural, artístico e literário que se inicia na Europa no final do século XVIII, espalhando-se pelo mundo até o final do século XIX.
Essa escola literária ampliou seus ideais em vários ramos como na literatura, música, poesia, artes plásticas e teatro.
O período romantista se dividiu em três definidas gerações.
A Primeira Geração, Indianista ou Nacionalista: Escritores desta fase valorizaram muito os temas nacionais, fatos históricos e a vida do índio, que era apresentado como " bom selvagem" e, portanto, o símbolo cultural do Brasil.
Principais escritores deste período:
Gonçalves de Magalhães;
Gonçalves Dias;
Araújo Porto Alegre;
Teixeira e Souza.
Abaixo trecho da música de Baby do Brasil, onde mostra o índio como ser puro, honesto cuidadoso e amante de suas terras, símbolo de exemplo nacional.
"Amantes da natureza
Eles são incapazes
Com certeza
De maltratar uma fêmea
Ou de poluir o rio e o mar
Preservando o equilíbrio ecológico
Da terra,fauna e flora
Pois em sua glória,o índio
É o exemplo puro e perfeito
Próximo da harmonia
Da fraternidade e da alegria"
Todo dia era dia de índio, Baby do Brasil.
Segunda Geração, " Mal do século": Os escritores desta época retratavam os temas amorosos levados ao extremo e as poesias são marcadas por um profundo pessimismo, valorização da morte, tristeza e uma visão decadente da vida e da sociedade.
Principais escritores deste período:
Álvares de Azevedo;
Casimiro de Abreu;
Junqueira Freire.
Aqui podemos analisar um trecho de uma música atual na qual destacamos frases que indiciam características da 2° fase do romantismo.
" Busquei, tentei, nada de te encontrar - pessoa amada longe, distante
Não te ouvi mais, sonhei, chorei, tudo me faz lembrar de um tempo atrás - sentimentos platônicos, pessimismo diante da situação, entrega ao desespero
Será que é tão difícil assim não lembrar de você - Mais uma vez pessoa amada distante, só em pensamentos.
Começou no início mas terminou sem final, será que é tão difícil assim pra mim?" confusão e tristeza
Podia Ser, Agnela.
Terceira e última geração, Condoreira:
Fase no qual os escritores debatiam a "desordem" social, realizando várias críticas, no qual a principal seria sobre escravidão latente na época.
Para fechar nosso assunto segue algumas poesias que circularam na época romantista:
Contudo , a poesia lírico-amorosa também encontra ressonância no Condoreirismo . O mesmo entusiasmo , a mesma eloqüência são utilizadas para a expressão do sentimento amoroso .
É evidente o contraste entre essa geração, mais ousada e expansiva no tratamento do tema do amor , e a geração anterior , marcada pelo intimismo.
Tanto na vertente social , quanto no terreno da lírica amorosa , o grande destaque brasileiro é Castro Alves. Porém, destacam-se outros escritores como:
Sousândrade;
Tobias Barreto;
Pedro Calasãs.
Na imagem abaixo podemos observar cenas entre o ator Murílio Rosa e a atriz Cléo Pires na atual novela Araguaia, onde o personagem de Murilo, Solano pára de afastar Stela (Cléo) entregando-se ao desejo, ao amor.
Assim a cena compararasse a característica do condoreirismo onde a mulher se encontra presente, perto. Deixando para trás os ideais da geração anterior onde a mulher era apenas uma ilusão, um sonho.
Para fechar nosso assunto, segue alguns poemas da época romantista:
Meu coração deleita-se... Contudo,
Parece-me que vou perdendo o gosto,
Vou ficando blasé, passeio os dias
Pelo meu corredor, sem companheiro,
Sem ler, nem portar. Vivo fumando.
Minha casa não tem menores névoas
Que as deste céu de inverno... Solitário
Passo as noites aqui e os dias longos;
(Idéias Íntimas, de Alvares de Azevedo)
Existe um povo que a bandeira empresta
Pra cobrir tanta infâmia e cobardia...
(...)
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança
Tu, que dá liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha
Que servires a um povo de mortalha!...
(O navio negreiro, de Castro Alves)
Por Gabriela Faustino